terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aos doentes e companhia


Quem acolheu um doente
dando-lhe sopinha na boca,
ficando presente nas agonias noturnas,
dando a mão na dor febril e
zelo maternal ao cobrir-lhe os ombros,
irrita-se com a demora da cura.

Grita a Deus: — Por quê?
Implora aos Santos: — Venham!

E não contém a lágrima ao vê-lo dormir em paz,
sem febre e sem dor.

Então, descansa
para suportar um amanhã de mais sofrer.

Há momentos de alívio,
com diálogos confortáveis:
O doente e a companhia
desvendando-se em fraquezas.

Que momentos saudáveis...

— Por que acontecem só na doença? —
Acabam curando outros males
desapercebidamente...

O grito e o chamado
concebem um ser mais vivo
mesmo que o enfermo durma para sempre...
mesmo que a companhia adoeça de tristeza...

Liban Raach

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