quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A Letra é Morta




A letra é, realmente, desprovida de todo e qualquer significado quando separada de quem a está lendo.
Só não ficará letra morta enquanto estiver vivificada na reflexão meditativa de quem a lê.

Enquanto os dizeres expressos nas letras permanecerem reverberando no íntimo de quem os tiver lido – apesar de já encerrada a leitura – lá estará o Espírito daqueles dizeres.

Dentro deste contexto, os dizeres necessários, os dizeres sôfregos por expressividade, sempre encontram mãos, ou vozes, através dos quais desembocam...
...às vezes, feito pororoca em retumbante estrondo;
...outras vezes, como enternecedores véus d’água em cachoeira modesta.

Por isso, os donos das mãos, ou das vozes, quase nunca são donos dos dizeres.

Conforme o zelo em manter a cuia de nossa natureza receptiva à altura do seio misericordioso, sempre haverá abundância de dizeres a verter por mãos, ou vozes; ou, mais poderoso do que tudo, a verter pelo anonimato do silêncio!

LibaN RaaCh

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