
                          Existe um paradigma tão cruel 
quanto o mais hediondo dos crimes: têm valor as palavras ditas somente por 
pessoas detentoras de alguma posição.
                          Aqui, fico tentado à seguinte 
comparação: enquanto detentores de algum cargo, eles estão detidos; não seriam 
iguais aos que cumprem pena em regime carcerário? (Perdoem-me! Foi 
irresistível).
                          Retomando o tema...
                          O 'teor' sendo 
substituído pelo 'valor' de quem fala.
                          Existem celebridades com 
dizeres tão cheios de vacuidade quanto a dor de suas próprias almas moribundas. 
No entanto, estes mesmos dizeres conseguem obter uma visibilidade tão 
desproporcional quanto descabida, atestando a similar vacuidade degenerativa dos 
meios de comunicação que assim procedem. E justificam tal procedimento alegando 
vir de encontro aos interesses do público consumidor destas informações, destas 
deformações.
                          Porém, agindo assim, priorizam 
e alimentam as naturezas mórbidas inerentes ao ser humano; visam saciar a 
voracidade antropofágica do ser humano submetido a frustrações recorrentes 
graças à competitividade institucionalizada.
                          Um ponto é livre de qualquer 
discussão: somos todos constituídos de aspectos sombrios e luminosos, incluindo 
toda a diversidade de nuances entre estes pólos.
                          Ainda que haja risco de 
enlouquecer na integração de todos os aspectos constituintes de nosso ser 
infinito e atemporal, no trajeto de ser íntegro; ainda assim, há menos 
insanidade em trilhar esta jornada do que em viver o comum e o normal.
LibaN RaaCh







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