Está confirmado: uma grande
onda de contaminação jamais vista invade os grandes centros urbanos e se
espalha vorazmente pelas regiões adjacentes, chegando aos locais mais ermos do
Globo Terrestre. Onde houver vida, lá estará o gérmen desta contaminação.
Borbulhando dos subterrâneos,
enxames e mais enxames saem de buracos abertos na superfície – à moda de
enormes cupinzeiros -, alastrando-se, sem piedade nem misericórdia, por todas
as edificações. Tem ávida preferência pelas edificações de instituições
financeiras. Provavelmente pela abundância de registros para lastrear a desconfiança
de um ser humano para com outro, numa tentativa inútil de se precaver contra “engano
doloso ou culposo”, onde é evidente e notória a indiferença e total ausência de
empatia entre semelhantes.
Outra zona de convergência
desta inóspita epidemia está nas agregações midiáticas, tão proficuamente
criativas em descobrir maneiras de adestrar o público-alvo para atender a
insaciabilidade de interesses aviltados pela ganância e pelo poder.
Há horários pré-fixados para
os enxames se desterrarem, saírem de seus enterrados buracos. Geralmente pela
manhã (entre 6h00 e 9h00); retornando ao seu ‘habitat’ no crepúsculo (entre
17h00 e 21h00). Existe, ainda, uma espécie pestilenta específica predominante em
instituições educacionais com preferência pelo horário noturno (entre 19h00 e
22h00). Porém, por enquanto, estes se encontram em estado de fermentação, de
germinação. Recebem, diariamente, doses cavalares, fortificantes para as
ferraduras de imprescindível serventia no papel de solapar seus iguais em
concorrências vindouras.
São estes enxames os reais
responsáveis pela degeneração endêmica na qual estamos todos inseridos. A exemplo de insignificantes formiguinhas, optam
por pertencerem a uma aglutinação uniforme, deglutindo-se nesta uniformidade,
apenas para posarem de vencedores da própria insignificância (qualidade
inerente ao ser humano sadio).
A uniformização aciona um
processo de imprescindível diferenciação entre os indivíduos deste enxame,
resultando no inumerável leque de alternativas de entretenimento lícito (cinemas,
teatros, restaurantes, shows, barzinhos, baladas, etc.) e outras cujo excesso rotulam
de marginais (bebidas alcoólicas, drogas, sexo, etc.) . Tal rotulação contribui
para o reforço da auto-imagem de marginal assumida por aquele que assim age,
tornando-o ainda mais refém do objeto de sua marginalidade.
O extermínio desta patologia,
talvez... E somente talvez... Se dê através do sofrimento de muitos por meio de
repetidas catástofres – ecológicas, metereológicas - causadas indiretamente por
quem está obtendo grandes proveitos pela surda propagação desta pestilência.
Hoje podemos nos vangloriar
de ter atingido inédita evolução em nossos meios de comunicação,
capacitando-nos a apreciar o desastre no vizinho confortavelmente sentados em
nossa poltrona, tomando um aperitivo e tecendo soluções tão rápidas quanto
ineficazes, exatamente igual ao que ocorre nos gabinetes executivos,
legislativos ou judiciários.
E querem nos convencer que o
voto pode mudar...
LibaN
RaaCh
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se confortável para expressar suas impressões aqui. Receberei com grande alegria e retornarei o mais rápido que puder. Abraços fraternos.