sábado, 7 de janeiro de 2012

Come cru quem tem pressa?


(tributo a N J R O)

Há uma estreita proximidade entre crueza e crueldade. Entre o percebimento cru de posturas pessoais, ou alheias, e a ausência de generosidade nas considerações levadas a cabo desta forma crua.

A consideração de atitudes pessoais, quando levadas às últimas consequências, quando levadas aos termos mais profundamente ocultos, encontra, sempre, o medo do desamparo e da solidão... o medo de ser banido a território incomensuravelmente árido e inóspito... a terras onde se pratica o egocídio... às trevas onde ocorrem egocídios! Onde há a elucidação cruel – involuntária e sem escolha – das mínimas atitudes pessoais como sendo estimuladas por motivos egóicos e das motivações egóicas no vasto cenário social testemunhado diariamente.

A realidade das relações se apresentando absolutamente despida de todas as suas vestes tão bem esculpidas na alfaiataria dos bons modos sociais, ou dos modos politicamente corretos, ou ainda do alinhavar sutil de uma espiritualidade bem consolidada, é o decreto – tácito e irrevogável – de nosso exílio, de nosso banimento, com prazo indeterminado, às terras do Nunca...

Mesmo assumindo a sentença crua de viver abandonado na cela solitária, à qual somos levados por este percebimento sem trégua, o acreditar-se no desamparo rigoroso facilmente se torna desespero enlouquecedor!

Quem, ou o que, possui a real propriedade da supremacia sobre este Caos?

Nenhuma religião isolada detém a capacidade de impor um termo final a este estado de isolamento involuntário.

Por quanto tempo – ainda – terei que me fartar do dissoluto antes que me venha o Absoluto?

LibaN RaaCh

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