sábado, 21 de abril de 2012

A Roda-Gigante do Parque de Inversões


Um rolimã é composto de uma roda externa e outra interna havendo, entre as duas, um conjunto de esferas alinhadas permitindo que os movimentos de uma sejam independentes em relação à outra.

Assim, enquanto a roda externa está em rotação no sentido horário, por exemplo, a interna pode estar em rotação anti-horária, ou parada, ou no mesmo sentido horário.

Posto isso, podemos nos considerar fixados na roda interna, como se estivéssemos dentro de um veículo. Os movimentos no espaço-tempo da Vida podem ser comparados aos movimentos deste veículo-rolimã. A direção e o ritmo da Vida ditados pelos movimentos da roda externa; enquanto nossas idiossincrasias, nossas susceptibilidades, nossos melindres e todo imenso arcabouço de uma subjetividade individual correspondem aos movimentos da roda interna.

Na relação de uma roda com a outra cabem infinitas variações – tantas quanto o número de seres humanos que viveram, vivem e ainda viverão neste planeta desde o seu surgimento. Nesta relação, a velocidade de rotação, a direção e a nossa posição no interior da roda interna, são as variáveis a considerar.

Por muitas que sejam as realizações em nossa vida, elas ficam circunscritas ao âmbito desta roda interna, como tudo o mais que é percebido por nossos órgãos sensoriais.

Esta é a roda-gigante onde muitos permanecem neste Parque de Inversões que tem sido a civilização.

No âmbito da roda externa, onde reside o comando sobre a Vida e a Morte, ficam as realizações que não podem ser vistas, nem ouvidas, nem degustadas, nem farejadas e muito menos tateadas. E ainda assim, continuam sendo realizações.

Quanto mais integralmente cônscios de nossa unidade com a roda externa, com a imaterialidade, mais fortemente tenderemos a sincronizar os movimentos da roda interna com ela. Sem necessidade de ‘forçar’ esta sintonia. Pois o ‘forçar’ transforma-se, facilmente, em repúdio.

Conforme os movimentos destas duas rodas se alinham, elas tendem a se fundirem naturalmente. E a Roda agigantada se contenta por ficar inserida no verdadeiro Parque de Diversões em que se transforma o Universo.

LibaN RaaCh   

2 comentários:

  1. Nem todos brincam,nem todos se emocionam... alguns preferem chorar, outros iludir e se iludirem... O dono do Parque diz que a brincadeira é de Graça... basta se permitir!
    Fraterabraços e divirta-se!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grande Alsibar!
      Você captou muito bem a mensagem do texto. Fiquei pensando em como incluir a Graça no texto e acabei desistindo. "O Dono do Parque dizendo que a brincadeira é de Graça..." ficou demais!!!

      Confraternos abraços.

      Excluir

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