Quanto mais nos movimentamos
nesta viscosidade, tanto mais afundamos.
E a dor emocional é subjetiva.
Para muitos, nem considerada é... nem é considerada real.
Quem realmente vivencia um
sofrimento emocional, sente tanta dor que fica inconformado com a ausência de
uma chaga visível, fica inconformado em gozar de um organismo físico em
perfeito estado de saúde.
Querendo tornar o sofrimento
moral, a dor emocional, tão visível a olhos alheios quanto o é no íntimo,
impingimos comportamentos limítrofes ao nosso corpo, na esperança de deixar
nele as marcas das nossas chagas emocionais.
No entanto, dor emocional é
apenas um nome... um nome que nos acostumamos a dar para o contato com o que há
de mais profundo em nós. Porque temos aumentado tanto a viscosidade dos corpos
constituintes de nossa natureza encarnada que para entrar em contato com o mais
sutil e profundo em nós mesmos há, de início, impacto.
Impacto que machuca, que
causa dor, dor subjetiva... dor que chamamos de dor emocional.
A pretexto deste contato com o
mais sutil em nós mesmos podem haver relacionamentos frustrados, ou frustrações
no campo profissional, ou mesmo a perda de algum ente querido.
Não é a perda de um ente querido
que gera dor emocional, mas é a necessidade de contato com o que há de mais
íntimo que gera episódios de aparência trágica como a perda de um ente querido.
Então, quem já está em contato
com o que há de mais íntimo não sente dor, nem mesmo com a perda de um ente
querido?
Não, não sente dor, pois o mais
íntimo é imorredouro.
O contato com o imorredouro em nós está unido ao
imorredouro do outro, tornando a separação uma ideia desprovida de sentido.
Onde a união está entranhada, a
separação não é estranhada... nem chorada!
LibaN RaaCh
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se confortável para expressar suas impressões aqui. Receberei com grande alegria e retornarei o mais rápido que puder. Abraços fraternos.