Um rolimã é composto de uma roda externa e outra interna
havendo, entre as duas, um conjunto de esferas alinhadas permitindo que os movimentos
de uma sejam independentes em relação à outra.
Assim, enquanto a roda externa está em rotação no sentido
horário, por exemplo, a interna pode estar em rotação anti-horária, ou parada,
ou no mesmo sentido horário.
Posto isso, podemos nos considerar fixados na roda interna,
como se estivéssemos dentro de um veículo. Os movimentos no espaço-tempo da
Vida podem ser comparados aos movimentos deste veículo-rolimã. A direção e o
ritmo da Vida ditados pelos movimentos da roda externa; enquanto nossas idiossincrasias,
nossas susceptibilidades, nossos melindres e todo imenso arcabouço de uma
subjetividade individual correspondem aos movimentos da roda interna.
Na relação de uma roda com a outra cabem infinitas variações
– tantas quanto o número de seres humanos que viveram, vivem e ainda viverão
neste planeta desde o seu surgimento. Nesta relação, a velocidade de rotação, a
direção e a nossa posição no interior da roda interna, são as variáveis a
considerar.
Por muitas que sejam as realizações em nossa vida, elas
ficam circunscritas ao âmbito desta roda interna, como tudo o mais que é
percebido por nossos órgãos sensoriais.
Esta é a roda-gigante onde muitos permanecem neste Parque
de Inversões que tem sido a civilização.
No âmbito da roda externa, onde reside o comando sobre a
Vida e a Morte, ficam as realizações que não podem ser vistas, nem ouvidas, nem
degustadas, nem farejadas e muito menos tateadas. E ainda assim, continuam
sendo realizações.
Quanto mais integralmente cônscios de nossa unidade com a
roda externa, com a imaterialidade, mais fortemente tenderemos a sincronizar os
movimentos da roda interna com ela. Sem necessidade de ‘forçar’ esta sintonia.
Pois o ‘forçar’ transforma-se, facilmente, em repúdio.
Conforme os movimentos destas duas rodas se alinham, elas
tendem a se fundirem naturalmente. E a Roda agigantada se contenta por ficar
inserida no verdadeiro Parque de Diversões em que se transforma o Universo.
LibaN RaaCh
Nem todos brincam,nem todos se emocionam... alguns preferem chorar, outros iludir e se iludirem... O dono do Parque diz que a brincadeira é de Graça... basta se permitir!
ResponderExcluirFraterabraços e divirta-se!
Grande Alsibar!
ExcluirVocê captou muito bem a mensagem do texto. Fiquei pensando em como incluir a Graça no texto e acabei desistindo. "O Dono do Parque dizendo que a brincadeira é de Graça..." ficou demais!!!
Confraternos abraços.