Pouco importam as vozes dos Mestres ou dos baluartes da filosofia.
(Retoricamente, rendo homenagem aos Mestres e Filósofos).
A única voz - para quem dou a vez no agora - é a minha. A
única vez - para a qual dou a minha voz - é o agora.
O que verdadeiramente tem efeito no meu instante presente
é o que está em processo de gestação dentro de mim.
Conceber estados psicoemocionais saudáveis se assemelha a parir.
Reveses sindrômicos da gestação; quais sejam: o enjoo, a
ânsia de vômito, as pancadas no ventre, as instabilidades emocionais; tipificam
o processo de concepção.
Quem se dispõe a viver esta espécie de gravidez, seja
mulher ou homem, assume os riscos sintomáticos resultantes desta escolha e
adentra em processo irreversível de gestação, onde nem o aborto e nem o
nascimento prematuro são possíveis, nem mesmo ao arrependido.
Enquanto o prazo cabal de gravidez não se cumprir, apesar
das alegres expectativas do rebento ou dos reveses envolvidos, a atmosfera
gravitacional terrestre poderá causar sensação de peso.
Porém, a proximidade do parto confere novo núcleo
gravitacional, isento da gravidade atmosférica pesada.
Quanto menos atraídos por verdades alheias, mais habilitados
à apreensão da verdade unificadora, em detrimento de sugestões sutis separatistas nas
quais a turba se desencaminha.
Nossas ações, então, ficarão imbuídas de mais
humanidade...
E nossos descaminhos, de uma certeza inaudita!!!
LibaN RaaCh
Sim, caríssimo amigo e irmão : a humanidade tem o poder de parir um novo ser. Mas o problema é que, neste caso, só pode haver nascimento com a morte da genitora. Este é o nosso conflito maior e o que leva muita gente ao desespero e aos descaminhos! Belíssimo texto! Fraterabraços!
ResponderExcluirComo sempre, irmão e amigo Alsibar, seus comentários enriquecem por levarem a novas reflexões...
ExcluirEntendo a alusão feita à "genitora" (e, por favor, me corrija se estiver enganado) como sendo tudo aquilo que quer nos "gerar" ou - melhor dizendo - nos "gerir", nos comandar, quais sejam os ensinamentos mal compreendidos e toda soma de sugestões externas. Esta é a "genitora", creio eu, que devemos matar.
Dentre as violências que acometem nosso tempo, a maior delas - a que está no fundamento das animosidades coletivas e pessoais, resultando em confronto aberto, seja no âmbito das nações ou em nossas relações pessoais - é a propagação da descrença no poder contido em si mesmo para alterar, amorosamente, realidades inóspitas. É minando a confiança pessoal que se perpetuam mecanismos de controle e poder.
A "geração" destes mecanismos que visam debilitar a confiança amorosa, esta "genitora", é a que deve ser extinta por meio de um sacrifício voluntário, por meio da elucidação meditativa!
Espero ter conseguido ser claro nesta tentativa ingrata de abranger tema tão amplo em poucas linhas...
Confraterno abraço!